Por que o Vaticano está usando leite como tinta?


Talvez você nem saiba, mas o Vaticano mantém uma fazenda próxima a Roma, onde é produzido o leite e seus derivados (manteiga, queijo) além de outros produtos utilizados nas dependências do palácio do papa e que podem ser provados no café da manhã servido aos visitantes dos museus do Vaticano. Existe até uma marca própria, a Ville Pontificie.

Mas que esse mesmo leite é usado como tinta para o restauro da pintura dos prédios do complexo, isso é realmente inusitado.

Na verdade trata-se de uma mistura de leite, cal e pigmentos naturais, considerada mais ecológica.
Essa técnica é utilizada desde 1484, ano em que o Palácio do Belvedere foi construído, provando-se “envelhecer melhor”.
O fato de o leite ser proveniente de fazenda própria – e também residência de veraneio papal, a Castel Gandolfo que existe desde 1600 e que em 2015 foi aberta para visitação do público pelo papa Francisco – traz uma veia eco-sustentável já que não são utilizados produtos químicos na fabricação da “tinta”.

No entanto, não é apenas no Palácio do Belvedere – um museu que abriga obras de arte preciosas – que métodos de limpeza não invasivos são implementados. Nos jardins ao redor do Vaticano, as estátuas de mármore (cerca de 600) são limpas com uma mistura de óleos essenciais, à base de lavanda, orégano e tomilho, entre outros. Semelhante ao leite utilizado nas paredes, os óleos são provenientes de culturas orgânicas na Sicília.

A CNN fez uma matéria sobre o assunto. Confira neste video